Regata Tall Ships Race Magellan – Elcano

A Tall Ships Race promete transportá-lo para uma era passada, onde a emoção da descoberta e o fascínio do mar aberto reinam. Por isso, prepare-se para embarcar numa viagem inesquecível com a Tall Ships Race Magellan – Elcano e venha ver de perto os maiores veleiros do mundo.

Para que tenha uma noção da grandiosidade desta regata, vamos contar-lhe como tudo começou, quais os veleiros que sempre marcam presença e quando poderá ver de perto este “fenómeno”.

A Tall Ships Race tem uma prestigiada história e um significado profundo na comunidade marítima. Inegavelmente, esta competição internacional de vela reúne alguns dos maiores veleiros do mundo, sendo criada para preservar a tradição e proporcionar a oportunidade de competição para os marinheiros e entusiastas.

Nascido em 1480, Fernão de Magalhães foi o navegador português, ao serviço de Castela na época dos Descobrimentos, que se destacou por ter liderado a primeira viagem de circum-navegação pelo mundo. Com o propósito de descobrir novas rotas, Fernão de Magalhães planeou e comandou a expedição marítima.

Em 1519, Fernão de Magalhães iniciou a viagem que o faria atravessar os oceanos Atlântico, Pacífico e Índico. O capitão da armada foi em busca de um novo caminho para as Índias, via Ocidente. Cinco navios com mais de 265 homens, partem em direção a Tenerife, seguido de Rio de Janeiro, Uruguai, terminando o reconhecimento do estuário do Rio de Prata. Após chegarem ao porto de San Julián ocorre uma rebelião de capitães castelhanos contra o navegador português e de seguida a nau Santiago afunda-se.

Inicia-se a travessia pelo oceano Pacífico. No primeiro trimestre de 1521 descobrem as ilhas de São Paulo, dos Tubarões e das Marianas. Após meses de fome, sede, doenças e violência chegam ao arquipélago das Filipinas.

No dia 27 de abril de 1521 e antes de concluir a sua viagem, o navegador português morreu em batalha, às mãos do chefe tribal Lapu-Lapu, nas Filipinas.

Após a morte de Fernão de Magalhães, a viagem passou a ser comandada por Juan Sebastian Elcano. O regresso fez-se a bordo da única nau que resistiu, a Victoria, circundando o Índico e dobrando o Cabo da Boa Esperança. Três anos após a sua partida, Sebastián Elcano e a restante tripulação (18 homens) regressam a Espanha e ao porto de Sanlúcar.

Apesar de todas as batalhas e desafios, a expedição trouxe poucos benefícios financeiros. Esta viagem confirmou todas as teorias sobre a esfericidade da Terra e iniciou o processo de globalização.

A primeira Tall Ships Race foi realizada em 1956, partindo de Torbay até Lisboa. Desde então é um evento mundialmente reconhecido, atraindo milhares de participantes e espectadores a cada edição.

A rota leva os participantes numa viagem pelo mundo, permitindo que eles experienciem o mesmo espírito de exploração que guiou os exploradores do passado. Durante a regata, os velejadores enfrentam o mar aberto, desafios climáticos enquanto visitam portos históricos ao longo do caminho.

Desta forma, a história e a cultura marítimas são celebradas, e os grandes veleiros são mantidos vivos como testemunhas do passado glorioso da navegação.

A tripulação dos veleiros da Tall Ship Races é constituída, obrigatoriamente, por “50% de jovens entre os 15 e os 25 anos – é uma premissa que existe desde a primeira regata”. Dessa maneira permite que, a cada nova etapa, se introduzam grupos de jovem voluntários ao núcleo da tripulação.

Esta ideia surgiu desde a primeira regata, há mais de 65 anos, e portanto aplica-se até aos dias de hoje.

Uma das partes mais emocionantes desta competição é a variedade de veleiros que participam. Cada embarcação tem as suas características únicas que as tornam dignas de admiração.

Entre os participantes, podemos encontrar os majestosos veleiros de três mastros, como o Cuauhtemoc, o Georg Stage e o Dar Mlodziezy.

Além disso, há também os veleiros de guerra históricos, como o Juan Sebastian Elcano, que possui um rico património e é um ícone da Marinha Espanhola. Cada navio traz consigo uma história fascinante e um legado honrado durante a regata.

Caso queira participar nesta regata e embarcar nesta aventura a partir de Portugal, a Caravela portuguesa “Vera Cruz” também vai estar presente. Durante os dias 19 a 26 de agosto, a caravela faz o trajeto Lisboa – La Coruña. Nos dias 26 agosto – 2 setembro, embarca de La Coruña até Lisboa. E, por fim, nos dias 2-9 de setembro parte de Lisboa em direção a Cádiz, onde termina assim o seu trajeto.

Se tiver alguma curiosidade adicional, saiba mais aqui.

A “Tall Ships Race Magellan – Elcano 2023” tornou-se um símbolo de excelência marítima, celebrando o espírito de descoberta e a indomável vontade humana. A regata é criada, sobretudo, para celebrar a primeira circunavegação ao mundo de Fernão de Magalhães e Sebastián Elcano.

Esta competição irá ter início no dia 15 de agosto, em Falmouth (Reino Unido), passando por Coruña (Espanha) até alcançar águas portuguesas. Entre os dias 31 de agosto a 3 de setembro, esta regata passará por Lisboa, tornando-se uma oportunidade para assistir a este emocionante espetáculo pelo rio Tejo.

Por fim, a Tall Ships Race Magellan – Elcano terminará entre os dias 7 a 10 de setembro em Cádiz, Espanha.

Seja como concorrente ou como espectador, a Tall Ships Race envolve qualquer um no maravilhoso mundo dos veleiros. Não perca a oportunidade de ver de perto esta regata.

Desde os seus humildes começos até à sua triunfante edição moderna, a Tall Ships Race tornou-se um símbolo de excelência marítima, celebrando o espírito de descoberta e a indomável vontade humana.

Suba a bordo das embarcações que personificam a história marítima e siga os passos de exploradores, como Fernão de Magalhães e Juan Sebastián Elcano.

Portanto, quer seja um marinheiro ou simplesmente alguém à procura de uma experiência única, esta é a sua oportunidade!

Ou, se apenas quiser ver estas magnificas embarcações enquanto estão atracadas em Lisboa já sabe, deverá fazê-lo entre os dias 31 de agosto a 3 de setembro, sendo que, neste ultimo dia também poderá desfrutar do grandioso momento que é o espetáculo da sua partida, pela foz do Tejo, em direção ao Atlântico.