O Centro de Controlo de Tráfego Marítimo, VTS – Lisboa, gere a navegação dento da área de jurisdição da Administração do Porto de Lisboa – fornece informação e aconselha os navios que naveguem no estuário do Tejo e na aproximação a este – até um raio de 16,5 milhas náuticas (aproximadamente 27 km), centrado no VTS – Lisboa e tendo como limite montante a Ponte Vasco da Gama.
Desse modo, os controladores, através de câmaras de vigilância, radares, sensores, entre outros equipamentos de apoio, recebem dados que lhes permitem monitorizar e controlar o movimento marítimo. Além disso, cabe-lhes também a gestão dos cais de acostagem.
Ladeada pelas águas do Estuário do Tejo, a Torre VTS do Porto de Lisboa situa-se em Algés, na ponta de um molhe de um porto de abrigo artificial. Foi projetada para resistir às condições extremas da sua localização, suportando o impacto das marés, ventos fortes e eventuais tempestades. A estrutura é suportada por 25 estacas com 1 metro de diâmetro e 20 metros de comprimento, afundadas 2 metros no fundo basáltico, assegurando estabilidade e robustez.
Projetada pelo arquiteto Gonçalo Byrne, a Torre VTS venceu o prémio municipal de arquitetura Conde de Oeiras. Segundo o júri, «um gesto simples, geometricamente claro, com um tratamento e pormenorização de fachada original e cuidado, facto que lhe confere uma singularidade notável. Assim, o rigor e a qualidade do projeto são ainda visíveis ao nível da pormenorização e opções de acabamentos». Além disso, a torre é considerada uma das construções mais emblemáticas do arquiteto, destacando-se pela integração harmoniosa com a paisagem.
Atualmente, a Torre VTS acomoda também o observatório de Golfinhos no Rio Tejo, transformando-se num ponto de referência para a educação ambiental e para a sensibilização sobre a preservação da biodiversidade marinha. Do seu topo, os visitantes podem contemplar não só os golfinhos e aves marinhas do estuário, mas também uma vista panorâmica sobre Lisboa e o Oceano Atlântico.