A Central Tejo, construída em 1908 e em operação entre 1909 e 1972, foi uma central termoelétrica fundamental para o abastecimento de eletricidade da região de Lisboa. Inspirada na arquitetura industrial alemã e inglesa, foi um dos primeiros edifícios da cidade a ser totalmente iluminado por energia elétrica. A partir de 1951, a Central Tejo foi utilizada como central de reserva, ou seja, produzindo apenas para completar a oferta de energia das centrais hídricas.
Foi, durante mais de três décadas, a maior central elétrica do país, fornecendo eletricidade à cidade de Lisboa, a todo o seu distrito e ao Vale de Santarém. No entanto, em 1975 foi desclassificada, saindo do sistema produtivo. Assim, ao longo do tempo sofreu diversas modificações e ampliações, tendo percorrido diversas fases de construção e alteração dos sistemas produtivos.
Numa nova Era da sua existência, a Central Tejo abriu ao público pela primeira vez em 1990 como Museu da Eletricidade. Logo após um novo período de obras de restauro dos seus edifícios e equipamentos, reabriu definitivamente em 2006.
Hoje, preserva a sua maquinaria original e funciona como um espaço cultural e educativo, recebendo eventos internacionais e promovendo a educação energética.
O seu edifício
A sua exposição permanente, designada como Circuito Central Elétrica, apresenta maquinaria original, em perfeito estado de conservação, através da qual se conta a história desta antiga fábrica, bem como a evolução da eletricidade até às energias renováveis. Espaço de ciência de base industrial, é um dos polos museológicos mais visitados em todo o país.
A Central Tejo está instalada num edifício emblemático da arquitetura industrial portuguesa do início do século XX, com estrutura de ferro revestida a tijolo e fachadas que combinam estilos como a arte nova e o classicismo. Foi um dos primeiros edifícios totalmente iluminados com energia elétrica, tornando-se um símbolo da modernidade em Lisboa naquela época.
Central Tejo no Contexto atual da Sustentabilidade
A relevância da Central Tejo vai além do seu passado industrial. Ao integrar-se no MAAT, tornou-se num ponto de reflexão sobre o futuro da energia e da sustentabilidade. Os visitantes podem explorar:
- Exposições sobre energias renováveis;
- Histórias de transição energética em Portugal;
- Impacto das alterações climáticas;
- Inovações em arquitetura sustentável.
Portugal tem sido um dos países europeus com maior aposta nas energias limpas, destacando-se pela produção de energia eólica e solar. A Central Tejo simboliza, assim, o percurso desde os primeiros passos da eletrificação nacional até ao compromisso atual com a energia verde.
Quais são as fontes de energia, como acontece o processo de produção, transporte e distribuição de eletricidade, quem são os cientistas que a estudam? As respostas a estas e outras perguntas podem ser encontradas numa visita a este espaço.
E se, entretanto, quiser saber mais sobre a evolução da Central e do MAAT entre 1909 e 2016, pode assistir abaixo a uma interessante visita virtual.
Localização e Como Visitar
A Central Tejo está situada na zona de Belém, em Lisboa, junto ao rio Tejo, num espaço que combina história, cultura e lazer.
- Endereço: Avenida Brasília, Central Tejo, 1300-598 Lisboa
- Horário de Funcionamento: Normalmente aberto todos os dias, exceto algumas datas festivas. Recomenda-se consulta prévia aqui.
- Acessos:
- Elétrico 15E;
- Comboio: Estação de Belém;
Com uma localização privilegiada, de fácil acesso e com programas educacionais, é uma excelente opção de passeio para toda a família.